VITÓRIA DO DIA
Aqui em casa somos só eu e meu Neguinho tesudo que amo mais do que quase tudo que amo na vida (só meu filho compete), e olha que eu amo muitas coisas e muita gente!
Comprei uma bandejinha bem pequena de bacalhau dessalgado em pedaços (quase desfiados) em um mercado aqui perto de casa e levei pra casa. Peguei porque não achei muito caro, já que era tão pouco.
Hoje resolvi fazer o tal bacalhau. Eu tinha uma batata meio grande mas não enorme, meia cebola, um tomate, um saco plástico cheio de pimentões vermelhos e verdes picados que sempre guardo no congelador, um saco plástico com alho descascado que também sempre tenho guardado no congelador.
Em uma vasilha de plástico grande fui colocando:
Um bom punhado dos pimentões congelados, alguns dentes de alho inteiros congelados, a meia cebola picada, três quartos do tomate picado (guardei um quarto para o caso de o marido precisar para um lanche noturno) e a batata picada em cubinhos (a casca eu fritei e dei de presente para o maridão tomar uma cerveja).
Coloquei o bacalhau, salpiquei Fondor (um tempero que sempre tenho em casa) e uma micropitada de pimenta do reino branco (para fazer diferença sem que eu perceba o gosto porque odeio pimenta).
Misturei tudo o melhor possível, coloquei em uma forma do tipo refratário, despejei uma quantidade bem generosa de azeite, tampei a forma (essa tinha tampa) e levei ao forno.
Enquanto assava (depois de um bom tempo na verdade porque tentei organizar os tempos de cozimento e "assação") botei no fogo um arroz branco sem segredos e botei pra cozinhar os únicos dois ovos que tinha na geladeira.
Uma hora depois de colocar o refratário no forno eu estava descascando os ovos cozidos, esperando o arroz ficar pronto (fazer o barulhinho de estalo) e pronta para ver como estava o bacalhau.
Quando o arroz ficou pronto e os dois ovos estavam cozidos (acho que tinha dado mais ou menos uma hora e dez ou quinze de forno) tirei o bacalhau e o maridão já quis fazer o prato porque estava perfeito, fatiei os ovos cozidos e arrumei sobre a forma para decorar.
Abri uma garrafa de vinho e nós dois concordamos que se a gente fosse a um restaurante que servisse uma refeição com esse sabor e esse "balance" a gente certamente voltaria mais vezes.
A garrafa de vinho foi-se e eu estou agora, meio bêbada e muito feliz, porque sou uma cozinheira bem medíocre que acerta algumas vezes, essa foi uma delas.
... Se a gente consegue "esquecer" as m* do mundo por um tempo e consegue acertar um prato para o almoço, a gente repõe as energias para voltar aos noticiários e sofrer mais um pouco sem desmontar completamente...