A DOR DA GUERRA
Hoje aconteceu algo inusitado. Estava na Igreja, era 7:25, a missa ia começar às 7:30. E de repente, ouvir uma explosão. Os fiéis ficaram assustados devido ao barulho. Todos queriam ver o ocorrido. Alguns entraram em choque, começaram a chorar. Fiquei sem entender. Pensei: será que é algum familiar? Afinal, o barulho parecia muito forte.
Então resolvi averiguar a situação. E de fato, um botijão de gás explodiu em um barzinho da praça de esporte. Nossa! Foi horrível! Graças a Deus não teve vítima. Mas alguns lugares próximos ao local do acidente foram atingidos.
As pessoas voltaram para o interior da Igreja e após esclarecimentos da situação, a missa começou.
Fiquei pensativa... E lembrei da guerra da Rússia x Ucrânia. Se com um barulho de uma explosão de gás ficamos temerosos, sem rumo. Imagine na Ucrânia em que os ataques com caminhões de tanques são constantes. Bombas de todos os lados. E a violência armada segue seu ritmo. É lamentável!
Cidades inteiras são destruídas, sonhos podados, vidas banidas... neste tipo de guerra não há vencedor e nem vencido porque todos perdem.
É triste ver a criança segurando o pai para não deixa- lo ir pra guerra. A atitude revela a amargura, a revolta de saber que poderá nunca mais encontrar o pai.
A guerra não se explica... é sentida e dolorosa demais para a humanidade.
Afinal de que vale ser uma potência econômica se massacra, se é geradora de morte.
No olhar da criança há tristeza, desolação e abandono.
No abraço do idoso a incerteza, a revolta, a fuga e até mesmo a luta
Nos passos dos jovens, homens e mulheres, dor mas também determinação, patriotismo, a resistência. Vontade de lutar pelo País.
Tudo isso terão consequências enormes, seja física, psicológica, econômica, social e humana. Surgirão doenças de pânico, psiquiátrico, depressão e mais uma vez a guerra, não de armas, não só do poder político, mas consigo mesmo. Como superar a dor? Como resgatar a vida em meio aos destroços causados pela guerra? Como retornar ao País? Ou até mesmo como reconstruir a vida em outro lugar?
Na verdade, não há resposta em meio ao sangue, ao massacre humano, a intolerância.
Porém uma coisa é certa: Os “homens do poder” são geradores de guerra e se acham invencíveis, mas não são.