Eu queria saber mais de mim...
A inteireza de alguém reside no autoconhecimento acumulado ao longo das experiências vividas. Qndo criança, vc cai, chora, vê os danos sofridos, assimila, aprende e vai se protegendo para não cair de novo. Vc vai ficando adolescente e seus joelhos vão se distanciando das casquinhas de feridas constantes das quedas rotineiras. É fato que adolescente cai menos que criança. O adolescente não corre e nem se arrisca como outrora, na infância. Ele se gaba de sua prudência. O adulto então, esse comprou joelheiras, se por acaso distraído uma queda aconteça, os joelhos estão salvos. Acontece que sou um adulto estranho, não aprendi a diminuir as quedas, tão pouco desenvolvi paciência p colocar joelheiras, essa espécie de mal agouro que é ficar a espreita de uma queda eminente, e na adolescência foi qndo mais esfolei os joelhos, pés, dedos...e no alto dos meus 32 anos segui sem prestar a devida importância que as quedas nos deixam, eu como uma espécie de aluno desleixado fui vivendo sem armazenar as informações cruciais dos limites que precisam nascer desses eventos...
Os joelhos, estão bem, seguem, não sem suas marcas e cicatrizes, que por sinal pouco me ensinaram por onde não andar ou que perigos não correr... preocupado c os joelhos, que até temos como proteger, neguei a importância imprescindível do medo ao meu coração, ele saiu arredio, e feito criança corre, pouco se importa c minha inteireza ou estilhaços e fragmentos das últimas quedas. Meu coração ignora o que sei, e de fato eu sei tão pouco do que consigo aguentar. Houve tempos que tive plena certeza que ia sucumbir...e a então a dúvida que sempre cobra preço alto, lateja pulsante e irritante me questionando se eu quereria mesmo saber mais de mim...