A ARMADILHA DA HONRA PERDIDA ("Não respondas ao insensato com semelhante insensatez, para não te igualares a ele." — Prov. 26:4)
Naquele dia, logo depois da pandemia de Covid-19; após encerrar minha aula, duas alunas do segundo ano, se aproximaram com uma intenção maliciosa. Sentaram-se à minha mesa e me prepararam uma armadilha. Uma delas, prestes a sair da escola, me fez uma pergunta provocativa: "Professor, faz quanto tempo que o senhor não "pega" uma mulher?" Não estranhei, a escola estava repleta de adolescentes erotizados e propagadores de preconceitos (Etaríssimo É CRIME), mas eu não poderia deixar passar essa oportunidade para me defender. Decidi nivelar a situação e respondi que saía semanalmente com prostitutas, pois valorizava o lazer de qualidade. Sem perceber, ela gravou tudo com o celular e divulgou minha imagem sem consentimento, roubando minha honra uma vez mais.
Nesta crônica, não revelarei o nome delas, pois meu objetivo é outro: eternizar minhas experiências na escola, exercendo minha profissão de forma legal e honesta. Soube da divulgação através de outro tipo de aluno, aqueles que não se dedicam às atividades escolares e fingem ser amigos dos professores para ganhar "pontos". O representante de turma fica pressionado pelos dois lados, e sua opinião é incerta. No entanto, o ocorrido é sempre levado ao conselho de classe, deixando de lado questões mais relevantes para o ensino/aprendizagem.
Que tipo de aluno entrevista o professor buscando conhecimento acadêmico com perguntas inteligentes, enquanto filma com o celular? Esses são raros, quase extintos. No entanto, algumas pessoas podem ter sido prejudicadas durante o período do lockdown, pois ficaram sem aulas presenciais e tiveram que aprender em casa, o que pode ter sido mais difícil para elas. A pandemia de Covid-19 expôs as realidades graves do Brasil: miséria, fome, medo, carências múltiplas, insegurança, vulnerabilidade. O futuro pós-pandemia é incerto, cheio de dúvidas e perguntas. Mas os momentos de crise também são oportunidades de mudança, e o desafio está diante de nós.
Alunos que abandonam a escola não deveriam ter permissão para retornar, especialmente se a razão da transferência foi indisciplina. Nossas ações e escolhas vêm de Deus, do Diabo ou de nós mesmos. "Os espinhos que me feriram foram produzidos pelo arbusto que plantei." É importante refletir sobre isso. Devemos enfrentar os desafios com integridade e jamais permitir que os outros nos roubem nossa dignidade. A educação é uma jornada que requer respeito e responsabilidade de todas as partes envolvidas. Que possamos aprender com as adversidades e transformá-las em oportunidades de crescimento pessoal e coletivo.