SOU UM CAVALHEIRO

Desde tenra idade, quando ainda usava calças curtas porque, na época, as compridas somente aos adolescentes eram facultadas, fui ensinado e educado a, andando nas calçadas com uma mulher, deixá-la caminhar ao lado da parede, que era protegido de qualquer eventualidade. O homem, orientaram-me, por cavalheirismo, educação e respeito, deveria agir sempre assim. Se, por acaso, a mulher estivesse do lado esquerdo da calçada, o homem passaria por trás dela - nunca pela frente - e restabeleceria o comportamento adequado. Até hoje continuo agindo dessa forma, mesmo que comportamentos, valores e princípios tenham mudado ao longo dos anos. Os bons ensinamentos são premissas perenes, na minha ótica.

Na visão dos meus pais e também da geração a que pertenço, transmitida naturalmente para meus filhos, apenas três ignóbeis atos envergonham um homem: matar quando não em defesa própria e da família, roubar e não ter caráter.

Houve transformações na sociedade, a vida segue, mas toda a sabedoria, ensinamentos, valores e princípios que me foram passados permanecem em meu coração e atitudes. Não deixarei de mandar flores à amada, de abrir-lhe a porta, de puxar a cadeira para ela sentar e nem de dizer que a amo antes de dormir. É a minha natureza, são os meus princípios.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 29/03/2022
Código do texto: T7483415
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