De repente, 30 (pt. IV)

Poá, XXVIII do III de MCMXCII

– Hoje é um lindo sábado de Sol, A. Eu preciso partir. Antes de fazer a besteira de desmerecer a ti. De te perder.

Eu não me lembro de, uma única vez que fosse, A. ter me chamado pelo meu nome. (Deus...) Mas ela talvez ficasse no meu pé caso eu fizesse isso. Ah, e tem mais, hein?

Eu ingressaria em sua casa por volta das 21h daquele 28/03/1992. Seria o último ponto mais alto de nossa história. Que se acabou. Para sempre.

(Engana-se, W. V. No estranho e longínquo infinito, até a morte pode morrer...)

(Ecco! Seria um caso à parte. E muita coisa estranha viria à tona. Eu tenho medo da Loucura que viria de tudo isso; com tudo isso; e passaria a tomar um espaço cada vez maior. Não sei se seria bom... Seria, por certo, algo pra lá de Lovecraftiano... Terrível. Ou pior...)

(Mas nalgum ponto de nossas Vidas, nalguma esquina do Túnel do Tempo, a gente se revê. Se beija. Se abraça. Troca olhares juvenis. Não há sexo – apenas o prazer de abraçar aquela bela jovem descendente de judeus poloneses – "de Simão").

Se precisar voltar, eu o farei.

Eu creio que Borges abençoaria nossa união, A. E nós nós casaríamos numa biblioteca. Guardada a 49 Chaves – pelo escritor argentino. Que nos confiaria a Visão do Aleph –