DIÁRIO DA VIDA ADULTA: O INÍCIO
Eu sinto medo das coisas na mesma proporção que as admiro. Às vezes, sobra a nossa alma viver os sonhos receosamente, com o peito aberto para o que tem que ser vivido, mas espreitando cada detalhe oco que alimenta a ansiedade.
Essa ansiedade pelo novo já foi discutida pela minha pessoa tantas vezes quanto tantos textos existem escritos por mim em algum buraco da web. Mas, agora, superada a sede ao pote, vejo essa nova cidade sob um aspecto muito paradoxal.
Vejo, nessa metrópole, toda a gana e as oportunidades, mas vejo também a dificuldade que é não ser classe A e B. Vivo (pela primeira vez e espero que última) mais pobre financeiramente do que eu era no meu sertão, em contrapartida, cada dia mais conhecedora de alguma instância nova da vida.
Sendo tudo tão recente, é difícil saber se não é a neblina dos olhos admirados pelo medo e a ansiedade, entretanto, por ora, já me sinto mais apegada as minhas escolhas. Penso que, pelo conhecimento, vale a pena enfrentar os monstros da nossa própria imaginação.