Xarope da Bajulação
SOU intolerante com a bajulação. Faço uma força danada para me conter quando me deparo com uma cena de bajulação, mesmo a bajulação por debaixo dos panos, aquele excesso de educação ou gentileza exagerada. Para não estourar me retiro.
Sempre que presencio esse tipo de safadeza eu recordo de algo que li não recorfo onde. Foi no ano de 1915 num jantar na casa do senador Pinheiro Machado (era um dos Homens fortes do poder ). Depois do jantar foi servido um cálice de licor. Ocorre que o garçom (ou mordomo) em vez de pegar a garrafa do licor, pegou a do xarope de Dona Nanan (a esposa do senador ), um lambedor amargo que nem fel. Tão logo tomaram o cálice de bebida, alguns xeleléus, mesmo empilhando e com ânsias de vômito, começaram a elogiar o licor, o mais descarado disse que era um néctar dos deuses. O senador demitiu o garçom e seu uma esculhambação nos xeleléus. Era um homem de pavio curto. Inté.