As Indiscutíveis e Insuspeitas Ações de Nossos Juízes
Os juízes penalizam os maltrapilhos com suas frias sentenças, mas não se apressam em enterrar em celas os gângsteres de colarinho branco. Aos togados convém decretar investigações perante o portador de poucas gramas de maconha, mas o encardido-negrume-injusto dos julgamentos é poço de silêncio perante as toneladas de cocaína translúcidas no helicóptero de um parlamentar. Os palácios da justiça estão pintados partidariamente da mais íntima relação com os governantes. Fora daqui Montesquieu e seu princípio de interdependia dos poderes!
O Leviatã com sua desequilibrada balança esmaga inocentes, acusa sem provas, cria leis de tanto desconforto e o país torna-se mais torto perante tanta ineficácia. A impunidade conserva o verão de privilégios para quem sempre viveu acima da miséria. E aceita o crime de medidas inconstitucionais que apagam direitos dos trabalhadores escritas em letras mortas na Carta Magna... Martelo que bate em Chico não bate em Francisco!
Justiça leniente, mórbida e que engorda por cima das magras costas de milhões de miseráveis. Vaza-se a jato as tramoias do juiz Moro, fica estatelado as irregularidades do processo jurídico contra Lula, pululam irregularidades no governo Bolsonaro, mas o nosso STF mantém estrondoso silencio e morosidade em relação a todo esse lamaçal jurídico. E por mais que existam fartas provas de que a justiça é usada como arma política e para interesses privatistas no Brasil (o famoso lawfare), nada é feito para isso ser alterado.
04.12.2019