"Não vou por aí"
PODE parecer pretensão de um anônimo que não influi e nem contribui com nada. Um anônimo sem lenço e sem documento. Mas, mesmo assim, insisto em opinar, discordar, desabafar. Um capricho de Véio arengueiro.
Mas é um direito que tenho de manifestar minha indignação principalmente contra o comportamento manada. Por que deveria ser manipulado, pautado, manobras pela mídia e pelas redes? Pautado e enganado. Recuso-me a seguir a manada. Prefiro ser um contracorrente mesmo solitário e anônimo. Não gosto de prato feito e nem palavras de ordem. Detesto a moda. Não me importa ser chamado de ultrapassado. É melhor do que ser uma marionete.
Estou cansado, desiludido, não otimista, embora continue acreditado na esperança - o sonho do homem acordado. Não, não digo a manada. Adoro um verso de um poema de José Régio:
"Ah, que ninguém me peça definições!/Ninguém né diga, 'vem por aqui!/ A minha vida é um vendaval que se soltou!/ É uma onda que se alevantou/É um átomo que se animou./ Não sei por onde vou./Não sei para onde vou./ - Sei que não vou por aí!".
Não sou marionete. Inté.