NUNCA FOMOS UM DO OUTRO

 

Porque eu odeio saber que a tua boca, umas noites, marcou a minha pele de segredos e que tu ainda poderias estar me beijando murmúrios de amor, mas que, agora, tua língua-bailarina pertence a outra e que, mesmo que eu decidisse voltar para teus braços e me render aos teus olhos de outono, mesmo que teu sussurro de chocolate resolvesse se muda, novamente, para meu coração e, mesmo que tuas mãos caíssem sobre mim como uma promessa de um para sempre, tu ainda não (e nunca mais) serias meu.