Frustrações
Eu poderia continuar falando (e falhando ao tentar me comunicar), mas prefiro meu direito ao silêncio. Minha abstenção. Meu protesto.
Eu poderia continuar falando pelos cotovelos – diabos: a maioria deles faz isso, não?
Eu poderia continuar postando conteúdos sem conexão entre si – mas por que, se isso reforça a imagem esquizofrênica que eles têm de mim?
Eu não posso permitir a mim continuar sofrendo com essas guerras internas. Meus inimigos habitam minha mente (fora de mim não há inimigos, mas pessoas que se iludem na prática de atitudes condenáveis, indefensáveis, imorais, anti-éticas).
Eu não posso mais fazer algo agora e, dali 10 ou mais minutos, sentir arrependimento.
Eu não posso mais olhar para trás e ficar chorando pelo que deixei de fazer do Ano Zero ao Ano 5 – o fim da década de 1990.
Eu não posso mais adentrar a Casa da Falecida. Não posso mais vê-la, falar com ela, tocar sua cabeça, segurar suas mãos.
Há um som de guitarra (Civil War, do GnR) em minha mente e ele me trouxe até aqui.
Eu não posso mais olhar para trás sob o risco de jogar fora o que houver pela frente.
Me faz mal viver o passado – "recordar é viver"? Para quem?
Há ruínas em franca construção – basta olharmos ao redor.
Que enorme lixo esse mundo se tornou!