OS OLHOS DOS OUTROS SÃO O NOSSO INFERNO?
Uma uma mulher recém chegada numa rua nova, em uma casa alugada. Era uma mulher viúva com seus 39 anos, com um filho de dez anos de idade. Trabalhava arduamente para manter ela e filho. Pagava uma escola particular com sacrifício para seu rebento. Como trabalhava no hospital não tinha horário de sair.
Nesse vai e vem da vida conheceu um senhor de sessenta e três anos que morava perto da sua casa.
Com passar dos dias eles trocavam conversas , mas o vizinho muito reservado, ela procurando mais abertura, ele educado, gentil e não querendo passar dos limites de uma convivência sem grandes transtornos que uma convivência exige. Uma vez ela precisou dos préstimos do seu vizinho para tomar conta do seu filho, pois ela teria que ficar no hospital até as dezenove horas. A principio ele resistiu, contudo, sua alma nobre o fez declinar da sua oposição. No entanto, ao invés de deixar a criança em sua casa, ele ficou esperando a mãe dele junto com o menino em uma pracinha que tinha perto da casa dele.
De repente a Polícia vem correndo atrás de dois criminosos e os bandidos e policiais trocaram tiros a ermos e uma das balas
pega na criança. Um tiro fatal. Desespero para a mãe que perdeu seu filho que pensou estar protegido na casa do seu vizinho.
Tempos mais tarde perguntado pela polícia e pela mãe da vítima o por que de não estar em sua casa com a criança, ele respondeu, hoje em dia diante de tantas denúncias de pedofilia , não quis me arriscar de ser acusado injustamente desse crime. Com essa justificativa do idoso, criou-se uma celeuma em torno dessa resposta. Ele agiu certo? O certo é que a criança estaria viva se o vizinho não tivesse esse temor. Até que ponto deve-se deixar de cuidar de uma criança por medo de um boato, de uma intriga? Ele agiu correto?