Eu, Daniel Blake

ASSISTO quase todos os dias e filmes nos canais sa Sky, mas raramente exibem grandes filmes. Filmes que,realmente, além de prender à atenção,fazem pensar. Felizmente ontem assisti a um filme que, na minha opiniâo, é desses filmes que a gente não esquece. É um filme inglês, "Eu, Daniel Blake". Ele ganhou a Palma de Ouro em Cannes, em 2016, e vários outros prêmios.

Esse longa conta a história de um marcineiro já meio idoso que fica abalado com a morte de esposa, vivendo sozinho e triste e então sofre um ataque cardíaco e os médicos dizem que ele não pode mais trabalhar. Então ele recorre ao amparo do serviço social do estado. No entanto, sofre decepção em cima de decepção com a frieza, maldade e má vontade do sistema burocrático e insensível. Chegam a exigir toda documentação informatizada sem ajudá-lo, um cidadão que não sabe nada de informática. Chegam ao cúmulo de mandá-lo procurar emprego e provar que procurou. Ele então diante do desespero resolve tentar o último recurso que seria uma avaliação final. Antes suspendem seu auxílio social e ele tem que vender os móveis para sobreviver. Nessa via crucis ele conhece uma jovem mãe com dois filhos na mesma situação e estabelece uma relação de solidariedade tipo pai com filhos e netos. Essa moça que procura emprego e não acha, inclusive a filha está com a aula do sapato descolada e ela não pode comprar outro, esfomeada, no auge do desespero resolve se prostituir, mas é impedida pelo marcineiro de prosseguir nessa atividade. A injustiça aproxima os injustiçados. No final na hora dos burocratas decidirem se o marcineiro tem direito a pensão porvinvalidez ele sofre outro ataques coração e morre. Descansa. O filme disseca o desmonte do sistema social inglês vítima do capitalismo selvagem. Assistam ao filme. Vale a pena. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 15/03/2022
Código do texto: T7473006
Classificação de conteúdo: seguro