MUNDO PEQUENO E LOUCO

Com o encurtamento das distancias o mundo parece ter diminuído dando-nos a impressão de que vai faltar espaço para tanta gente – uma utopia pregada pelos amantes da Nova Ordem Mundial. Os problemas são bem diferentes de qualquer sociologia que queira determinar isso ou aquilo, como se o mundo dependesse das interpretações de sociólogos. Quando muito fazem para contribuir numa visão de um mundo melhor. Mais que sociólogos, a camada dos políticos por estarem fora de uma filosofia de representatividade, na verdade não passam de parasitas que subjugam os pobres, destroem valores essenciais para a vida. Assim, ao ser propiciado o encurtamento das distancias com um transporte cada vez mais rápido, podendo, em pouco tempo alcançar lugares mais longínquos, quando antes, quase impossível – mundo pequeno... Não fora as diferenças culturais, costumes de alguns povos, seus mandantes, dominadores, carrascos, vingadores, certamente que este seria melhor. No entanto, nada disso, sequer se vislumbra. Cada vez mais caminhamos para o abismo, num mundo tão pequeno, porém, tão louco, em que governos mais fortes fazem o gerenciamento, impondo a paz fazendo guerras, reduzindo os menores a bem de poucas cabeças, como se o mundo pertencesse somente para alguns. Imagino que para a grande maioria que não tem o privilégio de viajar pelo mundo e conhecer tantos lugares lindos, povos diferentes, costumes diversos, num momento único. O como o que vem ocorrendo na UCRÂNIA dá-nos a conhecer um país tão bonito e com uma cultura riquíssima, um povo bonito e corajoso. Uma guerra inaceitável para a inteligência humana, mas que ainda encontra a vontade de dominação, expansão territorial, ou apenas demonstração de poder de quem tem o botão vermelho pronto a ser acionado. Bem disse alguém nesses dias: “o mundo não comporta uma terceira guerra”. É verdade, quando se sabe que as reservas atômicas são capazes de destruir o mundo em apenas trinta minutos, ou melhor, o que já existe, segundo fontes militares, daria para destruir o planeta trinta vezes. Segundo a ONU, existem hoje no mundo trinta conflitos armados. Isso quer dizer que existem muitas pessoas matando seus semelhantes, a preço, sabe lá de que. Entre os que morrem, na sua grande maioria são os que nada tem a ver com as guerras – velhos, crianças... Entremeio a essas coisas, surge em nosso imaginário, caso houvessem os meios necessários para poder viajar o mundo, conhecer as belezas naturais, estou certo que nem todo o tempo de nossa existência temporal daria ara visitar as mais belas paisagens e lugares que, na sua maioria nos são mostradas pela televisão. Além do mais, existem aquelas coisas acima do céu, embaixo da terra, dos mares, muitos inatingíveis, o que nos faz crer que jamais serão atingidas. Se as riquezas produzidas pela força humana fossem investidas a bem de si mesma, certamente que a terra, o mais azul dos planetas, brilharia muito mais para nossa existência. Mundo pequeno e louco, vem sendo destruído pelo próprio homem. Não foi assim que o Criador planejou. Quem não se lembra do relato da criação no livro da gênese – o jardim do édem nos moldes desenhados pelo Criador – seria assim, se o homem não tivesse desobedecido às ordens do Criador. Aliás, vale dizer que, para muitos não compreensão sobre essas coisas da desobediência. Basta dizer que há em nós um sendo moral inerente em todo ser humano, isso reflete o atributo moral de Deus. Logo, quando estabelecido o limite entre Deus e o homem, necessário se fez a existência de um ponto de equilíbrio para entendimento do que seja o livre arbítrio. Ser livre, implica no aprisionamento do que pode e do que não pode ser, melhor, “a minha liberdade é a minha prisão”. Assim, fora desse princípio, a prevalência dos mais fortes sobre os mais fracos, implica no desequilíbrio dessa liberdade, sempre desejada, mas jamais atingida nessa peregrinação a que estamos condenados a experimentar em todos os dias de nossa existência, o que nos diz que temos que nos adaptar em continuar vivendo num mundo pequeno e tão louco.

12-03-2022