AMIZADE DE ARISTÓTELES. SUAS DIFICULDADES.
“ Uma amizade verdadeira é como uma alma em dois corpos.” Aristóteles.
Isso é possível? Somos uma e a mesma coisa, destaque-se, como pessoas, e distintos em predicados. Alma é espírito no corpo vivo, se vai extinto o corpo, como espírito.
Alma, pensamento no corpo vivo. Imaterial como o espírito.
Similaridades na comunhão de valores não são unidade, por isso não há “uma alma em dois corpos”, como diz Aristóteles, nem figuradamente.
Contesto, arguindo por legítima maiêutica ensinada por Sócrates.
Amizade mora no coração, não mede sentimentos, o cérebro sim.
Não contextualiza mimos ou saudações curriculares permanentes a amizade, mas respeito impositivo plasmado na franqueza e limpidez da alma quando pensa e se externa.
Nascemos. Não pedimos para vir, chegamos por milagre inexplicável, mas com consciência adquirida devemos manter a sinceridade da alma que se manifesta; EM TUDO. Dizer realmente o que sentimos, sem viés.
De onde viemos? Eterno mistério! Levarmos na alma nossos mistérios que não se expõem à luz do sol, e fazem sofrer.
Por quê?
Escondê-los da amizade possível.
Seria como cupim que trabalha em silêncio, mas traz dano cumulativo.
“A amizade dos amigos está acima da palavra por morar no coração.” Celso F. Panza.
É preciso ser verdadeiro para a alma não carregar fardo espiritual tão pesado. A menos que não haja temor das "bolgias" descritas por Dante Alighieri.
“Não se pode ir longe na amizade senão se está disposto a perdoar uns aos outros os pequenos defeitos.” La Bruyére.
Mas essa verdade não deve se vestir de tolerância; se é ou não amigo. Não existindo essa ligação o silêncio deve ser eloquente.
É necessário viver muito para aprender as infantilidades da ancianidade.