Civilizados? Bárbaros, até quando?
As doenças necessitam de remédios e os negócios farmacêuticos precisam das doenças.
As armas necessitam das guerras e negócios bélicos precisam das guerras.
A dependência química necessita das drogas e o crime organizado precisa da dependência.
Os “mitos” necessitam de seguidores passionais. Os projetos de poder (não os projetos políticos) precisam de “mitos”.
Como romper essa circularidade viciosa? O que mantém sua permanente presença?
Considera-se terrorismo atos que provoquem terror em grupos sociais, através do uso da violência física ou psicológica, com o intuito de intimidar e dominar uma sociedade, pelos mais diversos motivos. Assim, as guerras, retirando as máscaras apresentadas pelos estados que as realizam e guardadas algumas diferenças, são atos de terror e seus promovedores, terroristas.
A história da humanidade, muito bem definida em períodos, será que resultou em um planeta civilizado? Será que em planeta onde a cada minuto dez crianças têm morte causada pela fome, enquanto nesse mesmo minuto três milhões de dólares (15 milhões de reais) são gastos em função do belicismo, podemos dizer que habitam serres civilizados?
E mais uma circularidade viciosa que precisa ser explicada. Como num ambiente hostil, anticivilizatório deste puderam surgir as artes e a filosofia? Como puderam viver e deixar seus legados: Platão, Sócrates, Aristóteles, Galileu, da Vinci, Beethowen, Gandhi, Mandela, Chaplin, Kurosawa, Fellini, Bergman, Glauber Rocha, Verdi, Gershwin, Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Tom...?
Nessa reduzidíssima enumeração, estranho não estar presentes nenhum dos seres reconhecidos como enviados pelo Mistério Criador. Eles, surgidos em vários momentos e em diversas regiões – Fohi, Krishna, Hermés, Moisés, Sibila de Cumes, Zaratustra, Buda, Confúcio, Cristo... vieram justamente para mostrar o quanto estamos demais atrasados em relação à Ideia, ao Projeto, ao Desenho Cósmico e trazer as diretrizes para caminharmos desse estado anticivilizatório a outro de civilização luminosa, ou como se diz no cristianismo, VOLTAR À CASA DO PAI.
Algumas diretrizes, bússolas. GPS, para essa trilha a novo estado de consciência, apesar de muito conhecidas, literalmente, os indicadores anticivilizatórios demonstram que não se teve capacidade para vivenciá-las, quer por má intepretação, e a incompreensão consequente, quer por falta de empenho.
Pode-se afirmar que nosso planeta, por meio de seu reino mais nobre (a vir a ser), o dos homens, vive o desapego, a impermanência, o amor ao próximo? Pode-se afirmar que nosso planeta, por meio desse mesmo reino, o hominal, vive como se já tivesse se religado à ORIGEM DA VIDA?
Apesar de na linha do tempo dessa humanidade surgirem e se estabelecerem a arte, a ciência, a religião, a filosofia, a teologia e muitas áreas de estudo sobre essa mesma humanidade - antropologia psicologia, sociologia etc., o colonialismo, o escravismo, a tirania, o terrorismo o ódio e tudo mais de “animalidade racional humana” continua presente, no dia-a-dia do planeta Terra.
Essa circularidade viciosa, impeditiva de se caminhar na construção de viver utópico, somente será rompida quando entendermos que os universos, portanto nosso planeta e seus reinos não são frutos da “casualidade”, mas sim da causalidade, da Ideia e do Projeto de o Mistério Criador. Além disso com Propósito – realização dessa ideia, desse Projeto, que a espiritualidade nomeia: OBRA DO ETERNO NA FACE DA TERRA.
A partir dessa premissa primordial não seria difícil entender o quanto de Criador está contido nessa Obra, no planeta Terra e seus reinos. O que poderia ser a Obra do Eterno na Face da Terra, pode não ser somente isso, mas certamente isso estaria contido: preservação, desenvolvimento e evolução da Terra e de seus reinos.
A partir desse entendimento, todas as atividades estariam voltadas para essa realização, passaríamos dos atuais sabotadores da OBRA DO ETERNO NA FACE DA TERRA, para operários, colaboradores, parceiros.
Enfim, a loucura deixaria de guiar e dirigir a ignorância. Um pique de elevação surge na linha do tempo da humanidade. Surge um processo acelerado de viver no planeta com paz, amor e sabedoria.
Deixaríamos esse estado de barbárie e atingiríamos o de civilizados. Lembraríamos de nosso DNA divino. “Somos deuses e esquecemos disso” - Helena Blavatsky”