_________VALEU, MEU PAI!

 

 

Hoje em dia, fico pensando: como é  que a gente dava conta? Morávamos a mais de uma hora a pé  do Colégio  e todos os dias era a mesma  luta para não perder aula. Ainda com as estrelas no céu, meus irmãos  e eu saímos tiritando ao frio do inverno para estarmos  às  7 em ponto à  porta do Nossa Senhora de Guadalupe.  Meu pai não  dava moleza, a gente sabia que não adiantava  reclamar. E três vezes na semana ainda voltávamos à  tarde para a Educação  Física: como se quem andasse tanto ainda precisasse de atividade física, oh, Deus! Detalhe importante: nunca perdemos a hora.

 

Era difícil? Fácil não  era. Mas se não reclamei naquele tempo, não será agora que o farei. Li o livro de Pollyana e aprendi a jogar o jogo do contente, que ensinava sempre o lado positivo de tudo. E o que aprendi com as andanças de antigamente? Distância não mata ninguém; andar a pé  faz bem à saúde; quem se levanta cedo não tem tempo para o atraso. Valeu, meu pai!

 

Tema da Semana: Sem tempo para o atraso