Há sempre uma Maria
As pessoas são complexas, as vezes é preciso dizer o óbvio. E podemos encontrar bondade no meio desta complexidade, algo não tão óbvio assim.
Maria como tantas Marias. Uma Maria para dois estagiários muito moços, muito inocentes. A Maria que nem sempre puxava a orelha com mansidão, mas convidava para tomar café junto. A Maria que fazia comentários um tanto indelicados que só a idade permite ( crianças e idosos ), e que arrancava risos envergonhados, a Maria que oferecia uma carona no carro dos outros. A Maria que as vezes achava um certo estagiário um pouco lerdo, a Maria que defendia os estagiários.
A Maria que se recuperou de uma doença grave e não tinha o mesmo pique, a Maria que ensinava tudo que sabia.
A Maria se foi hoje de maneira inesperada, e apesar de nem sempre navegarmos em mares calmos, navegamos , “ navegar é preciso”. De repente, dá a sensação que todos estão indo embora sem saber o quão foram importantes em sua vida.