FALECIMENTO DE UMA PESSOA QUERIDA
No dia 21 de agosto de 1989, eu estava trabalhando no Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) em Bauru, SP.
Minha mesa estava cheia de documentos a serem preparados para digitação e posterior processamento, quando alguém veio e me deu uma notícia que me chocou sobremaneira; era sobre o falecimento de uma pessoa que fez parte da minha infância e adolescência. Fui ao banheiro do meu serviço e chorei copiosamente. Voltei à minha mesa e, sem condições de trabalhar, meu chefe perguntou-me o que estava acontecendo, pois me viu de olhos vermelhos e marejados, quando disse-lhe: eu estou muito mal, pois uma pessoa muito querida minha faleceu hoje e que tinha recebido tal notícia naquele momento. Diante da situação, meu chefe disse: Roberval, vá para casa e amanhã você volta bem melhor, apesar de estarmos cheios de serviço para o processamento. Daí, fui embora e no outro dia voltei ao trabalho já um tanto recuperado. Meu chefe veio até mim e perguntou-me se eu estava melhor, quando disse-lhe que sim, mas que foi um "baque" muito grande para mim. Naquele momento, com muito cuidado, ele perguntou quem eu tinha perdido e se era alguém da minha família, quando disse lhe que foi o Raul que tinha falecido. Daí ele me perguntou: que Raul? Eu disse que era o Raul Seixas. Meu chefe quase teve um treco comigo. Coisas da vida... e da morte, né?