Um olhar para o passado

Saudades de quando eu me sentava à beira da cama (1993-1996) para escrever meus textos com títulos em caneta vermelha.

Eu conversava comigo mesmo. Era um misto de desabafos, de pontos de vista, de dor e prazer sobre viver e ter contato social com outras pessoas.

Em 1997 eu comecei a parar (a faculdade começou a me fazer travar batalhas contra mim mesmo). Fui perdendo essa assiduidade – isso me prejudicou um pouco. Eu já escrevi um sem número (de 1990 até hoje) dessas cartas. Eu creio que estejam próximas de 10.000 cartas (as mais antigas e outras, entre 1994 e 1996 já se perderam ou eu simplesmente joguei fora.

Hoje, com recursos como notebook e smartphone, a coisa perdeu muito da graça. A idade (esses 45 completos há um mês e pouco) já não permite mais pensar como naquela época de estudante do Ensino Médio (1994-96). Hoje a facilidade de recursos parece que tornou a vida uma coisa fácil, como qualquer coisa à mão, que possa ser encontrada por aí.

A leitura me faz uma falta terrível. Leitura boa: dos textos clássicos (Machado de Assis etc.). Nunca li tanto quanto eu escrevi. Diferente dos outros, né?