Cabo De Guerra
Eric do Vale
O fato do dia primeiro de março ser considerado uma data para "comemorar", ou alertar, a humanidade sobre a não discriminação me fez lembrar, a nivel de Brasil, da nossa Carta Magna e o seu emblemático artigo quinto pelo qual determina a igualdade de direitos sem distinção de raça, gênero, sexo, etc.
Não é de hoje que reputo, em meus textos opinativos, a Constituição Federal, visto que esse costuma a ser o meu livro de cabeceira. Ademais, a Carta Magna, querendo ou não, é o arcabouço de toda e qualquer legislação brasileira.
Já faz um bom tempo em que venho falando do artigo quinto da CF e em uma data como essa isso não poderia passar despercebido.
O amparo desse artigo torna a atuação das chamadas "minorias" cada vez mais crescentes, na medida em que emerge os seus oponentes.
Esse conflito ideológico, como bem podemos definir, se equipara a uma espécie de "cabo de guerra" em que de um lado estão aqueles que visam um avanço resultante da garantia e inviolabilidade dos seus direitos; do outro, um seleto grupo que além de torcerem o nariz, buscam retroceder "rasgando" a Constituição.
Lamentavelmente, esse grupo, por razões variadas, continuam levantando as suas bandeiras, tornando atual a frase de Renato Russo: "Amar ao próximo é tão demoder".