Vitimas da bola na guerra insana na Ucrânia
Eu olhei a noticia e fiquei perplexo. Dois jogadores de futebol foram mortos na guerra Rússia x Ucrânia. A que ponto chegamos em um mundo que até desportistas são atingidos? O jovem Vitalii Sapylo, de 21 anos estava em combate pelo exercito ucraniano. Já Dmytro Martynenko, 25 anos estava no apartamento da família e um bombardeio ceifou sua vida. O primeiro era do Karpaty, já o segundo estava no FC Hostomel, time da segunda divisão, ambos clubes semi profissionais. Vladimir Putin tomou a decisão de invadir o país vizinho, depois que Volodymyr Zelensky sinalizou entrar para Otan, uma organização com mais de 30 membros da América do Norte e Europa criada em 1949 afim de conter o avanço da então URSS. Quem tem razão? Os dois lados tem seus motivos, mas o povo é que paga por isso.
A Fifa já puniu a seleção Russa a eliminando da Copa do Mundo. A Uefa já suspendeu clubes de suas competições. Toda vez que tem uma guerra desse nível que pode estourar para uma deflagração sem precedentes com essas grandes potências terem armas nucleares que pode acabar o mundo em poucos dias, todos ficamos assustados.
O Brasil já parou uma guerra no Haiti em um amistoso, em 18 de agosto de 2004, quando vencemos por 6 x 0, o jogo da paz realizado a pedido do então presidente Lula. Nessa partida Ronaldinho Gaúcho fez três gols. Pelé também já parou uma guerra em 1969 na Nigéria, quando o Santos fez uma excursão naquele país e no trajeto para o Benin City houve um cessar fogo.
O esporte é assim ele tem esse propósito de unir. De fazer pessoas de diferentes credos, regiões, ideologias, disputarem jogos por puro desejo de vencer e de competir por algo mais nobre, um título, uma vitória com belos gols. A guerra trás uma violência extrema, onde simples adversários viram inimigos e a glória é a eliminação do rival. Soldados lutando por líderes sanguinários. Antes davam dribles e faziam gols. Agora puxam armas e matam seres humanos, em nome de que mesmo? Poder, mas não para eles e sim para a nação, para os interesses de auto defesa de um país, de um mundo que eles mesmo não vão ver o desfecho, pois estão na linha de frente do combate.