O CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL

Muitos seres humanos matam por qualquer motivo banal, e até mesmo sem nenhum, basta um mero nada, um triscar de ira, aquele olhar atravessado, talvez ainda o sorriso pode gerar o triste desejo de matar. Tirar a vida do próximo é tão fácil para tantos, alguns fazem isso inclusive esboçando um ar de riso e de deboche. Para esses a vida dos outros não tem o mínimo valor, é descartável como papel usado, é detalhe sem importância. Então, em assim pensando, atropelam a Lei e ferem a determinação divina de que ao homem não é dado o direito de derramar o sangue alheio.

Na verdade, provavelmente eles não sabem o que fazem, agem movidos por impulsos indefinidos. Será? Não parece factível afirmar tal assertiva, ouso dizer, porque executar alguém envolve tantas emoções conflitantes, é inusitado inexistir comoção nos corações assassinos. A frieza dos predadores é preponderante e salta aos olhos, a insensibilidade à aflição da vítima se mostra veemente. As guerras são o mais angustiante exemplo disso, nelas a morte e o sofrimento inerentes à carnificina se banalizam, seus partícipes não mais conseguem distinguir entre o bem e o mal.

Os homens se matam desde o princípio dos tempos, o ódio começou a habitar o coração humano quando Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Éden, sendo Caim o mais afetado pelo novo sentimento enraizado por conta da desobediência do primeiro casal à determinação de Deus no tocante a não comer do fruto da Árvore do Conhecimento do bem e do mal. Exacerbou-se de tal maneira a ira odienta de Caim contra seu irmão Abel, que, em conjunto com a inveja, levou-o a mata-lo sem piedade. A novidade de ter nas mãos o poder de tirar a existência do semelhante com a maior facilidade ganhou o mundo, sim a partir daquele momento os homens sabiam perfeitamente que havia tanto o bem quanto o mal e eles podiam escolher qual praticar. Mesmo sem terem esse direito e ainda que um dia pagassem por seus atos, sujar as mãos de sangue humano tornou-se para muitos um fato banal e corriqueiro. Infelizmente 😕

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 02/03/2022
Código do texto: T7464062
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