AINDA NÃO ACABOU (Postada no jornal Tribuna do Pampa)
O avanço da vacinação contra a Covid-19 em diversos países pode ser animador e fazer com que muitos relaxem nos cuidados contra o novo Corona vírus, porém, a Organização Mundial de Saúde (OMS), pediu cautela e reafirmou que não estamos no fim.
Parece que a vacinação causou um certo alívio na população que criou coragem para relaxar e voltar a aglomerar. Todos sabemos da saudade e da necessidade de nos encontrarmos nas datas como natal e ano novo, no entanto, após dois anos convivendo com esse vírus, temos que ter mais responsabilidade e manter os cuidados. Se não der para ir, não vá. Vivemos em estado de luto desde que esse Corona entrou em nosso cotidiano, mas também é muito perceptível que se acostumar com o vírus, não é uma boa escolha. Ele muda (variantes) cada vez que se sente ameaçado de extinção, diferente de nós, que não estamos mudando nosso pensamento quanto a nossa segurança e todos os que nos cercam. A união ainda deve ser à distância, com ajuda da ciência e tecnologia.
De acordo com Bruce Aylward, um alto dirigente da OMS, os problemas gerados pela Covid-19 podem "facilmente se arrastar profundamente em 2022". A motivação é o fato dos países mais pobres não estarem recebendo as vacinas de que necessitam.
Enquanto alguns lugares imploram pela chegada das vacinas, alguns de nós ainda mantemos a recusa em aceita-la. Se pensarmos que a América Latina está mais avançada na vacinação e mesmo assim os números de contaminação crescem, não podemos dar de ombros, pois do outro lado, em outros continentes, alguns países não passaram de 5% de vacinação, enquanto o Brasil já chega a 70%. Aqui está ruim, imaginem lá!
De acordo com informações do painel S.A., o Número de testes positivos de farmácia saltou de 524 no dia 1º de dezembro de 2021, quando 10 mil exames foram feitos, para 5.334 em 29 de dezembro, quando houve 31.332 exames — O equivalente a 5% e 17% do total, respectivamente.
Fica bem claro conforme os levantamentos, que a cada evento com aglomeração, a contaminação vem com mais força. Quantos mais terão que morrer? Quem precisaremos perder para chegarmos à conclusão que estamos fazendo errado?
A Vacina, a máscara, o álcool gel... A higienização, em geral, junto ao distanciamento ajudaram, e muito, mas a consciência deve estar mais elevada que qualquer cuidado. Talvez não sejamos a vítima, contudo, se formos o causador da fatalidade, como nos sentiremos?
O vírus mortal que nos assombra a mais de dois anos pode até vir a ser uma gripezinha, porém, enquanto esse momento não chegar só nos restam os cuidados que já sabemos de cor. Ninguém precisa dizer o que devemos ou não devemos fazer, sabemos o que é o certo, falta apenas executar da melhor forma possível.