UM MAR DE FASCÍNIO POÉTICO

O céu estrelado, ou enluarado, chama a atenção dos casais enamorados, dos românticos apaixonados e dos poetas. Talvez sua vastidão misteriosa explique essa fascinação, porque somos quase todos movidos à admiração pelo que não podemos conceituar com verdadeira exatidão, e ficamos encantados com a beleza que não podemos tocar.

Os casais suspiram, os poetas se deleitam e os ignaros simplesmente se quedam sem entender. Para nós o céu é lá no alto, não do nosso lado espacial como provavelmente seja, pois sendo redondo o nosso planeta e o Cosmo astronomicamente infinito, a perspectiva se nos apresenta difusa e um tanto incompreensível. Grãos microscópicos vivos da nossa estirpe tendem a enxergar o incomensurável de maneira literal, malgrado os cientistas vasculharem e definirem tudo, mas nem sempre compreensível ao nosso pobre entendimento.

Os poetas e os apaixonados, contudo, não se deixam levar somente e nem tanto pela exatidão dos cálculos e teoremas científicos, aqueles movidos pela inspiração, estes levados pelo coração. Na verdade, quando os estudiosos do céu e suas incógnitas lançavam a atenção para o firmamento, os olhos do poeta e dos românticos já estavam de volta com suas próprias certezas e nada mudaria isso. Para a poesia, as coisas celestiais são um mar de fascínio poético, já para quem ama e sonha, um imenso devaneio.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 28/02/2022
Reeditado em 28/02/2022
Código do texto: T7462381
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