"Foram Anos Incríveis..."/"Eu estarei com Você novamente..."
"Foram Anos Incríveis..."
Eu não tinha mais muitas expectativas no meu período pós-Falecida (abril/1992). O fora dela me acertou o coração em cheio, Bicho. Dureza, Mermão.
Na quinta-feira, 02/04 (noite seguinte àquele golpe no coração), eu me lembro de ter assistido a um clássico dos Filmes de Terror: "A Volta dos Mortos Vivos". Foi a droga perfeita para esquecer dela, enquanto o filme era transmitido pela Globo, lá pelas 21h30... Eu ri muito com o filme! Mas ri muito mesmo! Só tem um detalhe que pesa muito em tudo. Quando o ajudante de necrotério quebra o alçapão, já tornado um zumbi, e chama por sua amada ("Tinaaa..."), essa cena – ao fim do filme – me deixou muito pensativo. Esse é mesmo um daqueles filmes que o "Professor 666" passaria para seus alunos do EM para debater inúmeros assuntos, como desastres com a experiência química, afeto, amor e paixão, poderio bélico, crueldade, medo, aspectos filosóficos de alguns trechos, qualidade do enredo, da atuação dos atores, da trilha sonora, fotografia, dublagem (CHEEEGA, WV!) etc. Quanto àquela cena que me deixou muito pensativo, bem, na hora eu pensei na Falecida (diabos! Por que eu não o deveria fazer?). Esse filme é riquíssimo em vários aspectos (alguns deles eu já citei acima); logo, deveria ser utilizado em alguma aula (em meu Canal do YT eu pretendo fazer isso; mas sem usar cenas, para evitar problemas com Copyrights...).
Eu me lembro agora que essa crônica aqui era para ser uma mensagem enviada a um amigo de longa data. Mas eu preferi fazer isso aqui mesmo: publicar no RdL e que ela possa ser lida e comentada por quem achar melhor.
1993 foi um ano muito marcante em minha vida. Ali eu me tornei um roqueiro de carteirinha mesmo. Ali fiz amizade com um cara que era o galã da escola. Ali nasceu minha amizade com um cara que até hoje é considerado por minha família como um irmão meu.
Ao início desse ano letivo (coisa de março, abril), eu fiz amizade com um cara que gostaria de ser chamado de "Tornado". Não me lembro do seu nome. Mas era como se fosse um Espírito de Luz, um Anjo da Guarda, sei lá. Ele tinha mais maturidade que eu e me dava conselhos bons para não ficar arrumando encrenca por aí com ninguém. Ele era forte – física e mentalmente.
Nessa mesma época eu tinha feito amizade também com um jovem que aparentava ter alguma deficiência (sua dicção era afetada por alguma razão neurológica; ele usava óculos e tinha forte aspecto de Nerd) e eu, meio bobão como sempre, aproveitava para zoar com ele, ainda que nas entrelinhas. Seu nome era Fernando e ele havia estudado com o galã da minha escola – o Leonardo. Eu gostaria demais de rever esses caras, conversar com eles. Perguntar se eles lembram dessa época. Eram dois caras muito legais.
Ao fim desse ano eu conheci um ex-roqueiro (baterista dos bons!) com quem eu tive o maior prazer de formar um trio (três anos mais tarde) que ele propôs chamar de "Selvagens do Quadro Negro", por conta de um filme homônimo a que ele havia assistido um tempo atrás. Hoje ele está em Portugal e eu sinto sua falta. Ele me chamava de "Nirvana", um apelido ganhado em 1992 ou 93, não me recordo. Por conta de eu ser um fã do Power Trio encabeçado por Kurdt Cobain.
Chega 1994 e eu ingresso (junto de minha irmã) no Ensino Médio. À noite. Tempos complexos para estudar. Matérias diversas, eu nunca ia bem na escola a não ser em História Antiga e Inglês... Em Gramática eu ia meio ruinzinho... Em Matemática, ZERO! No resto, então, nem vou fazer nada...
Esse foi um ano muito marcado em minha vida. Eu vou tentar pular esse assunto porque já tratei dele em parte, noutros textos que publiquei aqui.
Para mim, 1995 encerra os anos 90. Assim como 1987, os anos 80. Essa visão pessoal pode ser explicada pela experiência que eu tive na escola. O termômetro (parâmetro) que eu uso para essas medições é o quanto minhas lembranças da escola, junto com o Didi, podem estar ligadas à minha vida fora da escola. Se eu tiver de passar de 1995 aos anos seguintes, não fará sentido para mim. Acaba tudo aqui.
(Posso ouvir, dentro de minha cabeça, o clássico "New Year's Day, do U2; com o refrão que faz mais sentido ainda: "I, I will begin again" [Eu, eu vou começar de novo] e, mais ainda, no refrão 2: "I will be with you again" [Eu estarei contigo novamente]). Um detalhe que merece destaque e mesmo um leitmotiv para uma nova crônica: a letra é iniciada por um "Nothing changes on New Year's Day" [Nada muda no Dia de Ano Novo]. Sim e Não. Mas isso fica para outra crônica...)