em direção à luz
Desde que nascemos, somos conduzidos em direção à luz. Surgimos de um lugar escuro, escondido do mundo, em que estamos relativamente confortáveis e sem preocupações externas, no descanso do útero de nossas mães.
E então começam as primeiras nuances de cores, sentidos e barulhos. Um lugar em que os ruídos regem uma orquestra viva, que não cessam por um segundo.
No primeiro momento em que abrimos os olhos, sempre buscamos conectar os pontos entre o ver, sentir e conscientizar toda a realidade que corre em nossas mãos, o tempo inteiro. Em alguns outros momentos, voltamos às origens. Para dentro de cavernas, uma mimetização do útero, como se voltássemos a nos sentir seguros, quando nos afogamos e mergulhamos dentro de nós mesmos. É compreensível quando tentamos voltar ao nosso casulo, num universo particular, em que ninguém se machuca e nada pode nos ferir.
Mas todo o processo de internalização acaba por ser mais uma direção à Luz. É assim que sentimos com o coração, para depois entender com os olhos, o brilho que há no ciclo de viver. Eis que nasce um novo amanhecer, com o sol intacto, que sempre volta a ser como nasceu; uma estrela para brilhar.
Mesmo quando nos aprofundamos no escuro, no fundo, acabamos voltando à superfície, retornamos para a luz e para a vida.
E quando acendemos, nos iluminanos.