MEU ❤️ CORAÇÃO CHORA

Eu vi um poderoso tanque de guerra russo, que passava displicente numa rua de Kiev, esmagar um carro certamente guiado por civis, que por infelicidade também transitava no mesmo local em direção oposta. E 😭 chorei. O mastodontico tanque, pesando toneladas, não apenas passou por cima do carro, permaneceu sobre ele por um tempo que não ousei medir. A angústia não permitiu. Eu imaginava se naquele exato momento, sendo esmagados impiedosamente por homens bárbaros, os integrantes do veículo atingido ainda estavam vivos, se a agonia que sentiam extrapolava qualquer imaginação mais aterrorizante, se gritavam de dor, se já tinham morrido ou ainda sofriam nas vascas da morte. Haveria crianças entre os passageiros?

Eu vi, o mundo viu, eu testemunhei, o mundo testemunhou, eu chorei, o mundo chorou. As lágrimas ganharam a internet, viajaram pela Terra num brado de amargura e percorreram ❤️ corações compungidos. Será bastante difícil esquecer a cena de terror, nunca vou esquecer, porém não quero esquecer, e vou chorar sempre que as sórdidas imagens desse ato brutal, desumano e cruel, uso desnecessário de poder e força sobre inocentes, abrirem as portas de minha alma e inundarem as planícies de minha memória. Chorarei sozinho, impotente e desanimado, incapaz de fazer algo para que acontecimentos animalescos da espécie jamais voltem a ocorrer. Como forma de protesto, recorro e recorrerei ao leito de minhas pobres lágrimas atormentadas.

O que vi nessa miserável invasão, traduzido naquele podre tanque pesadíssimo guiado por primatas sangrento no instante do esmagar civis, provavelmente, fulminou meu singelo conceito de barbárie, explodiu minha definição de ódio, me fez depreender que amor não é um substantivo abstrato conhecido por muitos, que assassinar, para alguns, é tão-somente uma brincadeira de gato 🐱 e 🐭 rato, de fera predadora e presa indefesa. Nunca mais pretendo ver cenas desalmadas, cruéis, bárbaras, estúpidas e desumanas assim, de seres humanos sendo esmagados por seus semelhantes como baratas nojentas. "Vou chorar, desculpe mas eu vou chorar".

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 26/02/2022
Reeditado em 26/02/2022
Código do texto: T7460805
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