DIPLOMACIA

Em tempo de paz ou de guerra é a diplomacia quem deve orientar a posição a ser tomada pelos dirigentes das nações quanto ao concerto universal.

Como em qualquer outro ramo da Sociologia as condições históricas, atuais e, principalmente as futuras, deverão ser avaliadas nos mínimos detalhes a fim de que, as decisões levadas pela razão e não pela emoção não prejudiquem os planejamentos estratégicos de longo prazo.

Estou falando sobre a posição do Brasil frente à invasão russa na Ucrânia.

O Presidente Bolsonaro foi muito bem instruído pelo Itamaraty para, apenas, reiterar a nossa posição a favor da paz, da autodeterminação dos povos e contrária a quaisquer movimentos em sentido contrário.

Pela emoção, diríamos que o Putin é um tirano irresponsável, um assassino em potencial para realização do sonho megalomaníaco de dominação, etc.

Mas a razão nos manda manter a cautela, afinal somos parceiros no BRICS, acabamos de assinar vários acordos em diversas áreas, incremento nas exportações e importações e somos dependentes da Rússia quanto ao suprimento dos fertilizantes para a manter a pujança do nosso agronegócio.

Poderíamos não ter essa dependência, posto que temos reservas incalculáveis dos elementos químicos para a produção dos fertilizantes em nosso subsolo, mas os governos anteriores, submissos aos interesses internacionais, criaram leis que nos impedem extraí-los sob a falácia da “proteção ambiental”.

Os inimigos do Presidente Bolsonaro, gratuitos ou bem pagos, estão exigindo que ele bote uma faca nos dentes e parta para cima do Presidente Putin.

Mas por que não exigem o mesmo comportamento dos demais dirigentes mundiais, principalmente europeus em cujo quintal se desenrola o conflito?

Prudência é a palavra de ordem, pelo menos por enquanto...