GRITO DO SILÊNCIO
O silêncio ensurdecedor da madrugada, me fez perder o sono.
O grito mudo de minh'alna me faz perceber o quão frágil é a vida.
Em um breve minuto tudo se transforma
O que acreditava, tornou-se obsoleto.
O que planejamos precisou ser revisto.
Começamos a viver como se todos os dias fossem o primeiro e o último.
Mantendo no rosto um sorriso, apesar de sentir o gosto amargo do medo na boca.
Nossos olhos brilham na mesma intensidade com o lampejo de esperança ou ao brotar uma lágrima.
Aprendemos a valorizar
algumas horas de sono, bem dormidas
O despertar com o aroma do café.
Descobrimos o prazer inenarrável de sentir a brisa suave da manhã acariciando o rosto ou o frescor da madrugada provocando arrepios
Nos permitimos a crer que do outro lado do arco íris existe algo bem maior que um baú de moedas douradas , após no deleitar com o inebriante cheiro da terra molhada pela chuva de verão.
Descobrimos que somos mais fortes que realmente aparentavamos e mais vulneráveis que gostaríamos.
Enfim, entendemos que a melodia emitida pelo pulsar do coração é o milagre da vida se fazendo presente.