A DOR ALHEIA NÃO DÓI EM NÓS (II)
*Existe no Recanto um outro conteúdo deste mesmo autor com tal título.
Quinta-feira, 24 de Fevereiro de 2022
É inexplicável, dolorido, doído, sofrido e muitos outros adjetivos existentes para se buscar entender o que acontece nessa vida e nesse mundo em tempos ditos modernos. São absurdos a perder a conta e vista. E acontecem em todo o planeta em que vivemos, a Terra.
Uma guerra, por exemplo, é um acontecimento inaceitável. Por vários e diversos motivos. E o primeiro deles é o sacudimento extenso que promove nas regiões onde se dão, bem como junto às populações destas mesmas regiões. É puramente inaceitável que uma delas ocorra.
E de ontem para cá, com a Rússia aplicando represálias contra a Ucrânia, cujos países são praticamente irmãos, há grandes possibilidades do mundo envolver-se em uma delas. Com resultados inesperados, inconsequentes e sangrentos, trazendo infelicidades e dores a milhões de pessoas no mundo.
Afirmam especialistas em aritmética que quando se divide se perde. Daí que dividindo-se o planeta em várias partes, suas populações perderam nem que seja alguma coisa no geral. Além do que, o exercício muito comum entre os humanos, de puxar a brasa para a sua sardinha, cria uma divisão entre todos de uma forma magnânima, trazendo, com isso, prejuízos também a esses mesmos.
Mas nada disso se resolverá um dia. E nem são expectativas desanimadoras ou pessimistas. São, sim, a pura realidade do que vemos acontecer mundo à fora, onde, nesses últimos tempos, abandonou-se a humanidade. Aquela relação fraterna que poderia mudar tudo se grande parte o quisessem. Haveria menos dores, sofrimentos e afins.
A dor alheia não dói em nós. Tal afirmação é óbvia e ululante, porque só reagimos em certas circunstâncias quando somos atingidos de algum modo e diretamente. Por isso vê-se o que ocorre no mundo.