JOSÉ DE JESUS, ASSIM MESMO
José de Jesus, assim mesmo, claro que no registro junta-se ainda, mas somente parte do sobrenome do pai, coisa daqueles botocudos, que pensavam que as mulheres eram para dar-lhes o que precisavam para por no mundo a filharada que serviria de empregados, se nascidos do sexo masculino melhor para empunharem as enxadas.
Crescido e criado no campo, numa destas disputas de terra, cedo despachou o implicante, um tiro no meio dos olhos, dado de tocaia. Foge daqui, foge dali deixou o terra e assentou-se na cidade grande.
Pouco tempo depois, para complicar o parentesco com a família de Deus, ele casou-se com Maria. Casamento que já atravessa quase três décadas, mesmo com as encrencas que arranja dentro e fora de casa. Resultado do ímpeto, quando bêbado, pois é de má bebida, conforme dizem os cunhados. De fato, para que o conhece sabe, que José vira galo purgante quase todos os dias, devido a rotina que leva, consumindo diariamente entre seis e oito garrafinhas de cerveja.
Quatro registro sobre a Lei Maria da Penha, três deles com determinação de manter distância das vítimas.
Uma delas a própria esposa, indagada porque voltaram a conviver sob o mesmo teto ela alegou a necessidade de assim ser, pois sofre de depressão severa, dito por ela.
Devido a depressão, no posto de saúde recebe um dos remédios do tratamento, mas precisa comprar todos os meses uma caixa de outro, que custa R$ 32,00.
No armazém a proprietária pergunta como ela estava da depressão e recebe como resposta:
- "O José disse que estou bem, e não preciso tomar o remédio que é comprado, porque é muito caro!"
Julieta - a proprietária do armazém, não resiste e pergunta ao José de Jesus, que acompanhava Maria, o que era mais caro, se as oito cervejinhas e duas carteira de cigarro diárias ou uma caixinha mensal de remédio, claro que ele não respondeu.
Coitados Jesus, Maria e José, não merecem homenagens em carcaças humanas tão perversas.
Infelizmente, as vezes com as melhores intenções estas homenagens recaem em que não merece ostentá-las!
Qualquer semelhança é mera coincidência!