MAIS UMA...
Francisco de Paula Melo Aguiar
A paisagem urbana de Santa Rira aos poucos, assim como qualquer outra cidade em "crescimento" e não em "desenvolvimento", desaparece para fazer aparecer outro "risco" arquitetônico.
A atual José Américo de Almeida, já foi Rua do Melão e Rua Nova Descoberta, é um exemplo disso, aqui tudo muda e tudo passa, a lei da razão de cada momento é o tempo, que por analogia, a referida artéria já foi quase totalmente de casas de taipa, cobertas de palhas de cana, de coqueiro, de sapê, etc, ambiente rústico, de terra batida nas vizinhanças da casa que foi derrubada essa semana à Rua Francisco Gomes de Azevedo esquina com à Rua Alípio Gomes da Silveira, repito, ora derrubada à sombra do bangalô (casa em estilo de bengala), que já não teve o mesmo destino, graças o pensamento conservador e emotivo da historiadora Martha Falcão de Carvalho e Morais Santana, por amor aos pais, local onde ela viveu, cresceu e voou para academia do mundo profissional e intelectual, casa onde já morou o poder municipal por duas vezes (1959/1963 e 1969/1973) a ex- residência do prefeito Antônio Aurélio Teixeira de Carvalho, in memoriam.
O patrimônio particular quando muda de donos via inventários geralmente judicial é vendido e dividido porque todo reino dividido é destruído, ex-vi: "Todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá". (MATEUS 12.25).
É assim, o tempo faz e desfaz o sonho e a "paisagem" do imaginário popular diante da "passagem" das pessoas e suas instituições sobre a Terra.
É apenas mais uma casa derrubada para atender interesses de fins de inventários e a exploração do comércio imobiliário que também cresce ...