O senso comum e as mulheres
Diz o senso comum que as mulheres gostam de flores, mas essa máxima parece não valer para todas as mulheres não. Por exemplo: a esposa de um amigo meu estava aniversariando e recebeu do marido uma coroa de flores. Pois, acreditem, ela recusou o presente florido, alegando que o marido tinha confundido as datas e que o aniversário dela era aniversário de vida e não de morte. O marido ficou muito tristinho. Argumentou em sua defesa que não pretendia ofender, que tinha comprado para ela o buquê mais lindo, florido e caro da floricultura e, em suas alegações finais, disse que ela, ao recusar a coroa de flores, era uma grande mal-agradecida.
A esposa não lhe deu ouvido, muito menos um "Muito obrigada, amor". O meu amigo e marido dedicado, diante do embaraço, deliberou, mais uma vez, dar uma segunda chance ao senso comum e soltou uma lista de elogios à esposa. Elogiou sua inteligência, seu humor, sua pesagem, sua espessura, seus animais de estimação e concluiu com a seguinte sentença, que foi sua perdição: "Descanse bem durante o dia, porque a noite você é toda minha".
A recomendação não agradou à esposa do meu amigo. Ela, ao ouvir a recomendação, ficou meio nervosa e totalmente ofendida, e mais uma vez o senso comum falhou.
Meu amigo ficou sem saber como agir, pois sempre teve o senso comum em alto conceito. Mas agora o mesmo senso comum que antes, com seus conselhos, o livrara de atritos no trânsito, nas relações laborais, nas situações de violência em domicílio, agora se mostrava ineficaz, inócuo, inútil, causador de um divórcio amargo.
Meu amigo, antes da esposa lhe pedir a separação definitiva, ainda tentou, por muitos meios e pesquisas na internet, compreender a ligação entre senso comum e mulheres, e chegou à conclusão nenhuma, senão a de um homem doravante divorciado e com uma coroa de flores ociosa.