É você?
O racismo e a fala, que se faz presente nas expressões e no cotidiano de negros. Não faz muito tempo o relato de vida um vereador negro, Renato Freitas, inspirou uma prosa poética "Nem reluzente (Renato Freitas - Vereador) <https://girassolpoetisando.blogspot.com/2021/07/nem-reluzente-renato-freitas-vereador.html> onde indignada falo que o branco não suporta ter um negro no mesmo degrau. Desmerece, tenta tirar o mérito. Como podem negar o racismo entranhado nesse sorriso de desdém? A pergunta título não está completa. Ei-la: "É você quem vai me atender?" quem fez a pergunta foi uma paciente branca para uma médica negra <https://www.geledes.org.br/e-voce-quem-vai-me-atender-medicas-negras-relatam-racismo-no-trabalho/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification>. A dita meritocracia que emoldura diplomas empoeirados, só tem valor quando a pele não é negra? Quando afirmei em minha prosa:
'Abaixa aí limpando o chão.
O teu lugar é rente onde nunca para o alto possa olhar.
Aí te vejo podendo ostentar Sua Excelência,
Usando o título de doutor, sentando ao lado do patrãozinho,
Teu filho desejando ser PhD em lição que antes era ator.
Ah! Antes que deseje isto, te roubo o diploma, o terno, o perfume!
De suor vai se banhar,
E o único conhecimento que conseguirá é quantas"tarefas" seu dia renderá.
A noite, quando o Amor te fizer rei, condeno teu futuro à servidão.'
É isso! Não adianta o título, a beca, o perfume! A alvura do jaleco com seu nome, não apaga a cor da
pele!
ISSO É RACISMO!
Então para com esse discurso hipócrita 'estude que você vence' , 'vão te tratar melhor quando tiver um Dr. na frente do nome' O erro vem de longe; cavam abismos em todo seu caminho, quebram sua escada, põem ímã na sua bússola, roubam sua vara de pescar. Não querem que você chegue lá! Lá é o lugar que destinaram para eles, para seus filhos e seu amigos.Os brancos, os que apontam as armas, que te surram, que matam seus filhos.Que roubam o teu futuro e o futuro deles.Exagero na indignação? Não! Escreva essa lista de injustiças de forma amorosa! Um dia afirmei, que quem só conhece o cemitério como jardim, não tem como cantar flores. Mas temo que essa indignação tome o ar que nos cerca, por que ela é bem maior que eu, quem sou eu? Está aí, se fingindo de morta, em cada velório, no choro desesperado, no olhar injustiçado. Se finge de morta mas tudo vê. E vai cobrar!