Uma cena para Egon Schiele
Quando a gente se conheceu, eu tinha por volta de quarenta anos e já não entrava no jogo para perder – sem enrolação, com a voz suave e confiante, disse à ela que desejava observar seus mamilos, para ter a certeza de que eram róseos, e assim, poder tocá-los habilmente com meus polegares e indicadores, lambuzando-os de saliva, tirando notas musicais melódicas de seu corpo cheio de tesão.
Ajoelhando-se, baixou as alças de seu vestido rosa, em um gesto exclusivamente feminino, apoiou os seios nos antebraços, revelando auréolas bem rosadinhas, com os biquinhos inflados apontando para os céus, enquanto me olhava com seu olhar sedutor. Era sem dúvida, uma cena que Egon Schiele adoraria pintar.