Jegueata do Bolsonaro
Depois das carreatas e motociatas, vem agora a jegueata do Bolsonaro, esta especificamente no Nordeste, onde o jumento ou jegue é quase um animal sagrado, pela força do seu trabalho no sertão.
Não à toa, Luiz Gonzaga já dizia: "o jumento é nosso irmão."
O Presidente, com o intuito de elevar a sua popularidade no Nordeste, adere a esse tipo de manifestação, pelo que é saudado e aplaudido em todo aquele trajeto, numa cidade do Rio Grande do Norte, terra natal de um dos seus ministros nordestinos.
Também no desejo de acenar simpatia ao Nordeste, até Fernando Henrique Cardoso, homem civilizado, culto, intelectual, usou chapéu de couro e comeu buchada de bode, o prato tradicional do sertanejo.
Se é para agradar o eleitor, o candidato dança conforme a música. Acolhe a tradição do lugar, não importa se agrada ou não a si próprio.
Quem não lembra aquele candidato que abraçava todo mundo e, por descuido, deixou alguém ouvir a sua expressão de desprezo: "vamos logo embora, que eu preciso tomar um banho para tirar o fedor dessa gente."
Mas, para ganhar o voto dessa gente, é capaz de montar até em porco espinho.
Nada a estranhar na política, através da qual se faz até "boi voar."