DEPOIS DA TEMPESTADE

DEPOIS DA TEMPESTADE

Deixamos o jargão popular para ser completado em desacordo ao que lhe atribuído comumente – o que vem depois da tempestade. Em se tratando de vacina, é o que vem acontecendo a mais de dois anos, depois da vacina, vem outra vacina, depois da Covid 19 outra Covid, pra não dizer “variante” – são todas parentes. Deste modo, depois da tempestade, está vindo outra tempestade. Será que vai parar essa coisa? É o que se ouve por todos os cantos, o delírio vai se sistematizando, é a paranoia invadindo muitas pessoas, levando-as, muitas vezes, ao desespero. A tempestade do medo ainda não passou, contudo, a esperança é a última que morre. Não é assim que se firma ante as agruras desta vida? Que se espera uma luz ao fim do túnel? Melhor assim, do que nada. Pode ser! Mas, quando na verdade nossas forças meramente humanas se esvaem, da fonte onde emana o que sustenta o nosso espírito, faz jorrar no coração daquele que crê, a certeza da vitória em detrimento às intempéries desta vida. Logo, a ideia de que após o temporal, o céu se torna mais brilhante, ante a fé se reacende o novo dia, o momento de continuar a percorrer no caminho da vida, sabendo que a nossa força vem de cima, do Deus da criação. Assim, por mais que seja o momento pelo qual estamos passando agora, sabemos que um dia ele será apenas uma lembrança em nossa mente, o quando não, esquecido para sempre quando alcançado a eternidade de glória, junto a tantos outros vencedores na fé. É bem verdade que estamos atravessando um tremendo deserto, o caminho tem parecido ser longo e o destino quase inalcançável, porém, é preciso olhar além do alcance dos olhos, ou das pernas cambaleantes. Muitos em tempo de guerra, para vencer o medo e as incertezas, cantaram no campo de batalha, de arma em pulso, sem olhar para traz mesmo quando alguns dos amigos eram deixados. Quando em tempos de lutas espirituais, me faz recordar da letra de um hino do Cantor Cristão, me permita reportar: “Vindo sombras escuras nos caminhos teus, oh não te desanimes cante um hino a Deus! Cada nuvem escura um arco íris traz, quando em teu coração reinar perfeita paz, se teu coração estiver em paz bem contente e alegre sempre te acharás, se teu coração estiver em paz! Verás que um arco íris, cada nuvem traz! Se o viver é de lutas, cheio de amargor, mostra afeto aos aflitos, age em seu favor. E tudo o que sofres tu te esquecerás, fruirás gozo e calma se tiveres paz. Vem após negra noite aurora matinal fica o céu mais bonito após o temporal, a esperança não percas tudo vencerás, fugirão as tristezas se tiveres paz. (Luizze De Armond e Bentley DF Ackley – 1872-1958). Mais ainda nos inspira o que diz a bíblia e que nos firma no propósito da vida: “... ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã.” (Sl 30.5). É verdade que os dias são sombrios, pouco podemos fazer, ou, quase nada. Pertencemos a uma sociedade cujo comando é confiado aos que nos governam, e, nesse ponto, a estes devemos a nossa submissão até quando cumprirem suas finalidades, fora disso, cabe a cada um de nós, dar as respostas necessárias dentro dos preceitos legais atinentes a que nos dispomos. Quanto aos fenômenos naturais a que nos expomos, só podemos nos valer dos recursos que existem no momento de nossas necessidades. Todavia, a bem da realidade da vida, estamos todos os dias, tanto para a vida quanto para a morte. Portanto, valorizar cada momento de nossa existência compreendendo a nossa realidade – de modo racional e também transcendente – somos um ser espiritual na carne, com a finalidade estabelecida pelo Criador, sabendo que nada foge ao seu controle. Diz o apóstolo Paulo: “Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Por que, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor”. (Rm 14.7-8). Se em tempo de tempestade, de raios e trovões, devemos encontrar abrigo imediatamente, com a finalidade de escapar do perigo. Assim é nossa vida, vivemos entremeio aos dias bons e dias maus; entre nuvens escuras e dias de céu brilhante; entre a escassez e a fartura – as ferramentas estão em nossas mãos – inteligência para ser usada com sabedoria, entendendo nossa liberdade e nossos limites. Desta forma, em havendo dias de tempestade, saberemos de que modo havemos de enfrenta-las, lembrando sempre que acima de nós existe alguém que nos ama de verdade, sendo para onde havemos de chegar e habitar em conforto e paz. Que seja assim!

10-02-2022