O CAMPO DAS IDEIAS
Gosto de ser partícipe do campo das ideias, esse vasto ambiente onde reina a inteligência e permeiam convergências e divergências, mas tudo no ritmo das controvérsias positivas e da busca do conhecimento. Assim, pelo menos, imagino que deva ser, prevalecendo a sensatez, o respeito e a capacidade tanto de ouvir quanto de expor cada ponto de vista e seus desdobramentos com clareza e eloquência. Nesse amplo espaço metafísico da dialética aprendo dialogando, argumentando e ouvindo, alçando meus olhos sobre a dimensão dos novos horizontes e diferentes perspectivas que me são apresentados, bem como, por meu lado, enfocando meus próprios ideais e pensamentos e minha visão individual dos fatos e da realidade que nos cerca.
Não é de bom alvitre circular pelo campo das ideias armado de soberba ou egocentrismo, nem tentar dar-se o ar de sabedoria, ninguém que voe nas asas da vaidade, sem o pilar da humildade, está imune ao desastre da queda do alto. Aproximam-se da iminência de desabar de sua incoerência quantos se acreditam gênios ou donos absolutos da verdade em termos humanisticos. Argumentos existem para serem esmiuçados, analisados, discutidos, sendo aceitos ou não, bem sabemos. Não obstante, cabe às partes em conflito na seara do conhecimento, no vislumbre do explicitado por um ou outro e corroborado por provas e teses reconhecidas nos diversos âmbitos, assim cognitivos como acadêmicos, assimilar e aprender a diferente perspectiva que lhes foram expostas.
Somos todos, sempre, aprendizes e alunos da vida e do tempo, estudantes procurando mais saberes, pesquisando as diversas visões do uno e do todo, descobrindo com nossos semelhantes e nos livros tudo que ainda não tivemos o privilégio de conhecer. Nada melhor, portanto, do que adentrar no campo das ideias e beber da sapiência alheia, assim como dividir com todos o pouco que sabemos.