Encarando Hienas e Indiretas
O meu jeito de ser, assim, sincero, mesmo que da forma mais agradável. O que nem sempre eu consigo. Pois o mundo tem a tendência de oferecer testes, provas, desafios, momentos imprestáveis, pessoas sórdidas pelo caminho… Que testam o nosso limite. E por mais que eu tenha paciência, a calma costumeira de um Buda, de vez em quando acabo por estourar, para surpresa (ou não, pois às vezes é a intenção) dos meus mais que diabólicos inimigos. Seres que acreditam que o caminho para o sucesso está no derrubar o outro; no competir a qualquer custo; no jogar mais que sujo de indiretas em risadas virtuais de hiena.
E dessa forma, vou seguindo meu caminho, de curvas em precipícios e armadilhas a qualquer instante. Tentando manter a serenidade. Respirando forte em algumas vezes, no contar de números; no emitir quase que mudo de canções que me relaxem o suficiente para que eu possa estar, de minutos a horas desagradavelmente perto daqueles que tanto me odeiam, ou simplesmente me consideram, nada mais que um nada. Que continuem a pensar dessa forma. Infelizes. Até porque outros imprestáveis que vieram antes, e que também optaram por essa conduta, obtiveram a punição; não por essas açoitadas mãos, mas por Deus, que a tudo vê e no momento adequado, que pode até mesmo demorar, mas é ele o verdadeiro sábio.
Um dia, quem me fere ainda irá receber exatamente (ou em dobro, tão bom seria) tudo que de forma perversa um dia me causou ou ainda me faz. É a lei da vida. Aguarde, não fuja. Até porque não há como fugir.
Claucio Ciarlini (2016)