Esperneio da CPI
Passados 100 dias do encerramento da CPI da Covid-19 sem que as consequências de seu Relatório tenham gerado as punições que seus integrantes desejavam, eis que agora eles reclamam de órgaos da Justiça por não terem dado a devida celeridade do processo ou já desconsiderados certos crimes por eles atribuídos.
Ora, quem assistiu às sessões durante todo o seu período de atuação, viu, claramente, que ela funcionou muito mais como palanque político do que propriamente investigação de irregularidades. O alvo sempre foi o governo, ou mais espeficicamente o Presidente Bolsonaro, fugindo das especificidades do processo.
Os três principais integrantes, Presidente, Vice-Presidente e Relator, sempre que os depoentes respondiam aos questionamentos, eles os provocavam a citar o nome do presidente, mesmo quando a questão nada tinha a ver. Não satisfeitos com as respostas, passavam aos xingamentos diretos ao Presidente, por isso ou por aquilo, atacando o ausente.
Assim, desviavam o foco, que era o depoente.
Não precisava ser nenhum expert em "oitivas" para compreender o desvio de finalidade.
Se o relatório não vem produzindo os efeitos desejados, a culpa está na sua elaboração e não de quem agora o analisa.
Saiu contaminado com a empáfia e o ódio com que os principais integrandes deixaram transparecer em todas aquelas sessões estapafúdias.