Superstição não, manias

Levei um não bem dado na segunda-feira. Recebi um convite de processo seletivo às 21h no dia 31/12 no qual me pedia um vídeo falando sobre minha carreira profissional... Em inglês. Fiz. Claro, não sabia se ia dar certo, mas tive a prepotência de me sentir a rainha do deserto e até tirei foto da hora que mandei o vídeo - 23h45 - para quando efetivada, o texto no LinkedIn faria qualquer CEO de araque chorar. Passei em várias etapas e depois de uma entrevista pelo Teams onde nada, e repito, nada no meu guarda-roupa entrou, meu cabelo de mau humor e minha sobrancelha não tava alinhada, e eu mesma parecia drogada, o óbvio mais uma vez venceu: Não passei.

Mas... Bom, não vou mentir pra vocês, eu tenho certas indiossincrasias que sambam na linha tênue da superstição, mas não são. Eu tento repetir o que fiz de certo numa etapa que passei e/ou consegui e assim fico na esperança de acontecer de novo. Tolinha que só. Nada aconteceu. De sobra estou na semana da tpm e já tava ficando boa na rotina da caminhada mas essa chuva que não passa, e meu desânimo mais pesado que tudo, fez com que eu me perdesse. To tentando. Em homenagem à Elza Soares, fiz como a divina fala: "Reconhece a queda e não desanima! Levanta, sacode a poeira e dá volta por cima!". (É do Paulo Vanzolini, mas ele me perdoaria)

Sentei e fui arrumar minha vida: agenda no Google bonitinha, bem realística, me inscrevi num curso, procurei meu histórico pra ver qual graduação seria mais fácil pra fazer a Pós (uia) e vamo que vamo. Mas... Me deu alergia e acordei 10:30, nessa hora já era pra eu ter feito caminhada, aero-hiit, e metade do curso de Excel. Abri o armário e vi que muita coisa tava mofada por causa da pandemia e claro, minha casa é um poço de tão úmida. Percebi que não tinha nem limpado minha mochila de quando sai do serviço. Aí me toquei: Por isso minha vida não vai pra frente. O passado ainda estava aqui. Doidera né? Mas assim fiz. Limpei tudo, joguei fora. Quem sabe as coisas mudam.., Ou pelo menos, ficam secas.

Ainda tenho o resto da tarde pra me arrumar. Um passo de cada vez, molhado ou não.