EU NA BAHIA DE IEMANJÁ
Em 1987, minha irmã, minha filha com oito anos e eu fizemos uma das nossas primeiras viagens ao litoral. Pedimos ao meu querido amigo, Flávio, que nos levasse ao aeroporto e embarcamos em um voo da Transbrasil, bem animadas. Pouco antes da decolagem, todos já com os cintos afivelados, vimos o Flávio entrando na aeronave para conferir a nossa presença no voo para Salvador e nos contar que nossa bagagem havia sido embarcada em um outro voo que ia para o Rio de Janeiro. Como ele era um oficial da polícia, acessou a área de embarque e desfez a confusão, causando um pequeno atraso na partida das duas aeronaves. Em Salvador nos hospedamos em um hotelzinho na Pituba, que encontramos no Guia Quatro Rodas. Logo percebemos que era um prédio muito movimentado à noite. Tratava-se, portanto, de um hotel de alta rotatividade. No domingo, fomos procurar um restaurante para almoçar e descobrimos que todos os indicados no Guia, dali até a Barra, estavam fechados. Em Salvador, domingo era dia de descanso dos funcionários de restaurantes.
Mas encontramos biscoitos e refrigerantes nas banquinhas de revistas e em uma lanchonete aberta. Comemos sanduiches e biscoitos naquele dia. Fomos nos adaptando à cidade... Em 02 de fevereiro, antes que as férias terminassem, assistimos à festa da deusa Iemanjá na Praia Vermelha. Um espetáculo emocionante com os rituais e as homenagens que o povo prestava à lendária sereia, rainha do mar e protetora dos marinheiros. Nós, católicos, também comemoramos, nessa mesma data, o dia de Nossa Senhora dos Navegantes, que corresponde à Iemanjá, personagem das religiões africanas.
Bsb, 01/02/2022