Hoje
Há 16 anos eu vivia esplêndido, sem mácula, saltitante, sentindo todo o frescor das manhãs do verão. Sentava sempre em alguma sombra de uma árvore grande, olhava para o céu em contemplação. Hoje sou um condenado. Perambulo por lugares sombrios e vazios. Encontro-me com pessoas de ideologias oscilantes cujos olhos não dão sinal de vida, beiram o princípio da arrogância pela falta de pudor quanto à propria inteligência. Gente imoral. Hoje, nessa bendita fase adulta, deparo-me com frustrações e essas mesmas pessoas que nada se situam mas querem situá-lo às suas visões distorcidas e superficiais. Vivo como um condenado. Eu sou um condenado.