Vida: impotência e remorso
No decorrer da VIDA de cada um de nós, acontecem fatos que nos deixam impotentes no sentido de não poder nada fazer para mudar. Vive-se aprisionado de alguma forma, seja nas lembranças, nas situações adversas nas quais somos submetidos, seja na dor ou na saudade do amor que partiu, na ilusão que machuca a alma que sofre por não poder mudar o que se tornou imutável. A gente sofre por sentir incompetente, impotente, incapaz de voltar atrás e fazer tudo diferente. Talvez essa seja a maior das dores: o REMORSO
É melancólico quando se imagina não poder mais fazer algo para mudar. É um sentimento que deixa o vazio na alma, que não nos deixa em paz. É até difícil de explicar. Minh’alma se inquieta, lamenta, se entristece, me deixa em prantos. É um momento doloroso para mim. Choro por me sentir inútil, pelas dores que causei, pelos amores que amei e não pude ter, pela vida que passou por mim, e eu não pude viver, pela ingratidão com a qual convivi, mas, que me fez enxergar o mundo que nunca imaginei.
Não somos pedras, somos feitos de carne e ossos e temos alma ocupando nosso corpo provisoriamente durante a nossa permanência nesse plano terrestre. Somos criaturas perfeitas da obra de criação do cosmo e, por paradoxal que se apresente, ao mesmo tempo, infinitamente imperfeitas. Temos vícios, segredos, medos, receios, anseios, pensamentos, desejos, sentimentos... temos uma missão a cumprir, um mundo pela frente a descobrir.
Nem todos conseguem ou se permitem evoluir. A individualidade cega o homem e o leva ao egoísmo, que consome toda sua dignidade. O retrocesso moral é a causa de todo orgulho e sofrimento da humanidade. Somos efeitos de nossa própria ação e a perda do tempo não nos permite consertar o que ficou para trás, mas nos concede a oportunidade de melhorar e errar menos.