O DESAFIO DE VIVER: ESNTRE DIAS BONS E RUINS ("O vazio já tão acomodado dentro de mim, começou a fazer parte de quem eu sou." — Mariana Ávila)
Eu já desconfiava, mas, hoje, pensando nos dias do mês findo, percebi que em cada mês temos somente quinze dias bons intercalados, de três em três, por dias ruins. Nos quais, a consciência dói sem ter motivo algum. É interessante perceber como o fluxo dos dias pode afetar nosso estado de espírito. Embora haja momentos difíceis, é importante lembrar que também existem dias positivos, que trazem alegrias e conquistas.
Então, percebi também que muito do que classifico como correto e verdadeiro não é mais adequado à realidade. Refiro-me a um cenário em constante transformação, no qual o que antes parecia correto e verdadeiro pode se revelar desatualizado ou inadequado. Já me disseram que viver é um constante amassar barro, cinco passos para frente e cinco para trás. E se eu quiser continuar vivendo no mundo, devo fechar os olhos, fazer vista grossa a muitas coisas, trancar os sentidos e ligar o "foda-se". Ainda que os espíritos das luzes e das trevas, continuam enviando-me setas; mas, também gritam para eu poder me desviar. Tudo é blá blá blá ou mimimi! No final, é apenas sobrevivência e mais nada. A zona de conforto é como o útero materno, um refúgio acolhedor que ao mesmo tempo nos faz nascer morto. A pátria não exerce o papel de mãe para ninguém!
Num terrível pesadelo, encaro o monstro que me aflige, correndo em vão. Abandonei meus estudos, atualmente só leio, convicto de que minhas opiniões estão estabelecidas. O êxito perdeu seu valor, busco harmonizar o bem e o mal num esforço vão. Sou impelido a persistir, apesar dos obstáculos. Que essa ponderação inspire outros a alcançarem uma existência plena. OBRI(GADO) A VIVER !