Filhos, dádiva ou dúvida?
Estávamos discutindo nosso futuro, a carreira e os filhos...
Aquela velha dúvida, quando será a hora certa, e quando será tarde demais?
Antes ou depois da formatura? Antes ou depois da residência? Antes ou depois do casamento?Antes ou depois da aposentadoria?
Hoje, guiamos boa parte dos nossos planos pela ciência. Então de acordo com a ciência depois dos trinta as mulheres devem deixar, a cada ano, o desejo de ser mãe diminuir, diminuir, até se tornar irresponsável aos cinqüenta e depois improvável aos sessenta e finalmente impossível aos setenta.
Acredito sim que existe um limite, até biológico sim. Mas não façamos nossas vidas de estatísticas.
Façamos nossas vidas de realizações.
Estatísticas servem apenas para estudos impessoais, não para definir nosso plano de vida.
Querida amiga, ter um filho deve ser uma benção, uma dádiva, não tão bonito no parto, nem tão gratificante na adolescência deles, mas magnífico, porque é a oportunidade única de fazer algo pela vida/evolução de outro ser. É esplendoroso (que palavra antiga!) o que podemos fazer por um filho, o quanto podemos ensinar.
Já reparou como é gratificante quando alguém entende. Uma porta se abre, e muita luz entra.
Não erre por pensar que só ensina quem sabe tudo, ensina quem sabe que deve aprender. Então, a melhor idade é o meio do caminho... é quando o coração sentir e a biologia ainda deixar.
Há, por fim, uma dúvida, é preciso encontrar o grande amor da minha vida? Ele existe, ou é só um conto de fadas, que mesmo depois dos trinta insisto em acreditar? Como escolher o pai? Um dia vamos comprar modelos genéticos? É preciso encontrar alguém para dividir os sonhos.
Poderia alertar: não deixe a hora passar! Porém, se é o que quer de verdade, se vai realmente fazer dessa existência uma diferença, vai simplesmente sentir a hora chegar, apenas tenha coragem e não se arrependa mesmo que eles te desapontem, apenas faça sua parte...