Tudo faz sentido depois de uma vírgula.

Essa mania de simplificar o que eu não entendo, de compreender como me explicam, como me falam que é, e não como eu sei o que é – saltos e mais saltos no escuro me escondendo de poder ver o que faz sentido e o que não faz, com o medo apavorante de descobrir sentido algum.

Assim eu me deito e levanto, como o dia que clareia e escurece e ninguém nunca perguntou ao dia, o porquê de ser assim…Simplesmente é, e isso me perturba.

E sendo assim… eu vou me tornando, não sei bem o que, algo que levanta, que trabalha, come e dorme… em uma rotina devastadora…

Então eu enjoo de mim mesmo e quero ser quem eu não sou, pois tudo no mundo faz sentido no mundo, mesmos a minha própria vida, afinal os parâmetros de vida que eu tenho, estão estampados no exterior e por desconhecer o interior eu admiro.

Então eu me transformo, e por alguns dias eu me nego a olhar pra tudo o que eu sinto e vou dando voltas e mais voltas em círculos ao redor de mim mesmo…

Mas me recuso a conviver comigo… Mesmo sabendo que eu sou um estranho pra mim mesmo.