O REQUEBRADO DELA
A moça bonita, faceira e dengosa, ao passar por mim, olhou-me sorridente e realçou o requebrado dos quadris enquanto seguia seu caminho, como a provocar-me a atenção. Se assim era, conseguiu, sem dúvida, pois meus olhos masculinos acompanhavam-lhe os passos e o balanço com extremo interesse, sem piscar por nenhum segundo. Notei que seu short curto parecia grudado nas coxas torneadas, e dava-me a impressão de ter sido confeccionado no próprio corpo dela de tão apertado, deixando toda a sua beleza em destaque.
Ah mocinha-tentação!, toda ela provocação e esbanjamento lascivo, um mar revolto, um estonteante sol em brasa, um total de mau caminho! Nem precisava de sinal vermelho, ela mesma parava o trânsito indo ou vindo, alvoroçando os motoristas, causando e complicando. Mas, quem se importava com isso? Todos queriam apenas olhar, degustar a visão, memorizar aqueles movimentos estimulantes que lembravam o ondular marítimo.
Seu sorriso, no entanto, fora dirigido a mim, a ninguém mais. Por que? Não sei e não me interesso em saber, receio que ela tenha o destino da lua: encanta a todos e não pertence a ninguém. Guardarei o sorriso dela como lembrança...junto com seus requebrados alucinantes. Claro!